sábado, 16 de julho de 2011

Regresso a Porto Salvo

Estou de regresso a Porto Salvo, arranjei uma boa desculpa para o meu Camarada de caminhadas dos dois últimos dias e vim pró barulho, mal por mal prefiro  a festa, antes que fique sem pernas para caminhar, hoje já tinhamos feito á vontade seis ou sete quilómetros pela Serra Galega acima, e abaixo e o Homem chegados aos Casais da Fonte Pipa ainda queria ir até á quinta do Lança que eram mais uns bons quilómetros, assim não morria do mal morria da cura, estou a fazer uma penitência para que a festa aqui não ponha o som no máximo, e vou treinar para da próxima vez que for á Terra estar com melhor preparação física.

Mas antes vou descrever a caminhada de hoje, a partida é sempre do mesmo local e a meta está colocada á saída do café «Cafezada», após o «Doping» matinal hoje na companhia do Marques que em caminhadas não se mete, seguimos direito ao «Anjo da Guarda, Ratoeiras» e no caminho antes da Fonte Pipa, fizemos um desvio e fomos até ao local onde esteve uma Plataforma Perfuradora durante alguns anos na pesquisa de petróleo e gás, já sabia que tinham abandonado o local por divergências entre as várias empresas envolvidas, e fomos observar como tinham deixado o local, e o que vimos não nos deixou tranquilos.
O local está ao abandono e sem nenhuma vedação.

Ficou um lago com vários metros de diâmetro completamente desprotegido, e como nós que já estamos um bocado «usados» não tivemos problemas em subir a serra, também, os Rapazes não terão, se souberem que está lá uma boa quantidade de água que mais parece uma piscina, e na falta de melhor por estas paragens pode dar-se alguma tragédia, aquilo parece ter grande profundidade, e águas límpidas são um convite ao mergulho, á atenção de quem de direito, depois não venham dizer que não sabiam, no local estiveram muitos milhões envolvidos, e não sobrou nada para tapar o buraco?
Ficou também o próprio furo das sondagens só com uma lata vazia de tinta a tapa-lo, que pelo eco terá grande profundidade, pois consta que perfuraram mais de dois mil metros, mas ai não cabe uma pessoa, mas não se deixa assim um tubo desprotegido, muito menos quando consta que irão continuar a perfuração, não se sabe é quando.
Também ficou um contentor, com letras garrafais duma grande empresa Chinesa, que está ligada aos transportes Marítimos como pude ver na Internet, á grandes Chineses que a sabem toda.

Observámos ainda nalgumas vinhas por onde passámos, a razia que o Míldio provocou, vai ser um ano muito mau para os Agricultores, esta Região é sobretudo produtora de vinho, e vai ser um ano praticamente perdido, parece que é quase geral, até me consta que a «moléstia» se espalhou por Espanha e França, é para ajudar na crise.
E por hoje foi o regresso a casa, dar mais uma rega nos tomates e pepinos do Agostinho, e regresso a P. Salvo, donde escrevo estas letras, Amigo Vicente prepara-te que para a semana há mais. e vou estar em forma, vou só dar um salto ali ao Seixal e pedir ao Jorge Jesus que me dê uns treinos, mas melhores que os que deu aos Jogadores do Glorioso na época passada que não podiam com um gato pelo rabo. 







2 comentários:

António Querido disse...

Então já regressaste ao batuque da sanzala, se eu quisesse ir aí apanhar um desses coelhos que te visitam todos os dias, não encontrava nenhum, com essa barulheira devem estar como o Comandante Melo Cristino na guiné, com o nariz enfiado na areia!
Esses buracos que encontrastes na serra, devem estar à espera que uma Empresa chinesa aí vá à procura de Petróleo, ou descobrir algum rio de diamantes, quando isso acontecer, até os Americanos vão saber onde fica Portugal, até lá vamos estar sossegados num cantinho do caixote, tenho pena desses proprietários das vinhas cheias de míldio, é desgraça em cima de desgraça!
Um Abraço

edumanes disse...

boa tarde amigo Virgílio,
Tua visita venho agradecer
Na tua terra são as caminhadas
Em Porto Valvo, barulho até ao amanhecer.
Porque em paz não nos deixam viver
Agora pensaram no petróleo
Para muitos, mais, enriquecer
Se o petróleo descobrirem
Pior, ainda, nos vai acontecer
Para uma guerra nos impingirem
E os poderosos sempre a vencer.

Desejo-te um bom princípio de senama.
Caminhadas moderadas, e de noite pouco barulho, porque, eu, quero dormir.
Um abraço
Eduardo.