Recordando e Observando

Hoje fui dar uma volta por Paço de Arcos e Oeiras, comecei junto ao Complexo Desportivo de Oeiras no Bairro Dr. Augusto de Castro, e Bairro da Figueirinha, e ao passar junto ao local onde morei á cerca de 40 anos, (fui dos primeiros moradores deste Bairro) recordei o meu Senhorio Sr. Pinto, Homem de espécie rara, que não resisto a contar aqui;

Corria o ano de 1975, e nessa altura tinha a meu cargo a reparação da iluminação Pública do Conselho de Oeiras e ainda Queluz e Cacém do Conselho de Sintra, os funcionários da C.R.G.E. hoje E.D.P., em plenário (era assim que funcionava o Pais nessa altura, decidiram terminar com os empreiteiros na empresa, (tem a sua piada, hoje não se manifestam e são empreiteiros ás duzias na empresa, pudera assim vão lá só para receber o ordenado) azar o meu que trabalhava para um, e assim fui para o desemprego.

O Amigo Pinto meu senhorio, a partir desse momento, sempre que eu lhe ia pagar a renda de 1800 escudos, perguntava sempre se me fazia falta, porque se assim fosse pagava quando pudesse, nunca foi necessário, safei-me com a ajuda da «Patrôa mas este gesto não mais esqueço.

Segui depois direito a P. de Arcos, passei no Espargal junto ao antigo matadouro e hoje oficinas da Câmara, Bairro Joaquim Matias mais conhecido por Bairro do J. Pimenta até ao inicio do Passeio Marítimo, passei junto ao Forte das Mais que vi todo borrado de grafites, estes «artistas»devem ser invisíveis, nunca ouvi que algum fosse apanhado, mais uma originalidade Portuguesa, mas se os ladrões e vigaristas não são apanhados porque carga de água é que estes «pintores»  teriam  de ser?

 Segui até ao Jardim de Oeiras que tem inicio junto á Marginal, atravessei este e entrei no mais antigo conhecido como Jardim Municipal que vem até á Câmara, e observei o Rio quase coberto de mato, espero que as entidades que têm a responsabilidade da limpeza do mesmo, aproveitem o Verão para proceder á sua limpeza, porque sempre que chove com intensidade e a maré cheia, temos problemas de transbordo do Rio que afecta a zona do Pavilhão do Desportivo de Oeiras e a rua do antigo Tribunal.

Passei junto á Câmara e subi para o Centro da Vila, mas não pela rua principal (Cândido dos Reis) mas antes pela Travessa que vai dar ao Largo da Igreja, aí tinha um Tio meu uma Sapataria (esse meu Tio Carlos França de seu nome era muito considerado na Terra e foi Regedor muitos anos) essa sapataria é hoje Restaurante e Pisaria como se vê numa foto, a seu lado as únicas casa de banho Publicas da Vila, e que fazem fronteira com a antiga sapataria e que conheço á mais de 55 anos, está  agora com um letreiro de Arrenda-se, e agora pergunto eu arrenda-se para quê? será para o arrendatário cobrar uns Cêntimos por cada mijinha? ou vão transformar as latrinas em mais uma Pisaria? era bom que no letreiro indicasse qual o alvará que o cagatório Publico tem para poder ser alugado, mas enfim, ao que a crise obriga, e entretanto os «indígenas vão continuando a mijar pelas esquinas da Terra , e viva a Democracia, que Gente tão empreendedora trouxe a esta Terra, e não só.